A Era das Grandes Conquistas
A Era das Grandes Conquistas

Nos anos 70 o Grêmio virou uma grande Sociedade, promoveu dois congressos de clubes tricolores da América do Sul em 1971, reeditou e conquistou, no mesmo ano, a antiga Taça do Atlântico de Clubes (Torneio Sul-Americano Tricolor) ao derrotar na sequência o Nacional (URU) por 2×1 e o River Plate (ARG) por 2×0 e reconquistou a hegemonia regional em 1977, 1979 e 1980.

Os anos 80 viram o clube passar por uma das fases mais vitoriosas de sua vida esportiva, em paralelo com a redemocratização do país, que vivera 20 anos de regime militar (1964 a 1984), e as transformações político-econômicas ocorridas com o advento da globalização, que no futebol se refletiu na inflação dos salários dos jogadores bem como o aumento da publicidade nos esportes em todo mundo, tornando o futebol em especial, num grande negócio a ser gerenciado com um altíssimo nível profissional, sendo a FIFA, a entidade mundial mais importante neste segmento, congregando mais países filiados que a própria ONU.

Depois da reinauguração do Olímpico em 1980, o Grêmio foi Campeão Brasileiro em 1981; Vice-campeão nacional em 1982; Campeão da Taça Libertadores da América de 1983, batendo ao Peñarol (URU) na soma dos dois jogos finais por 1×1 e 2×1 (nos dias 22 e 28/07); Campeão Mundial Interclubes (vitória na final sobre o Hamburgo da Alemanha, campeão da Copa dos Campeões da Europa por 2×1 em 11/12/1983); campeão da Copa Los Angeles (Taça Pan-Americana) ao derrotar o América do México, campeão da Taça das Nações da América (empate em 2×2 e vitória por 4×3 nos pênaltis em 13/12/1983); Hexacampeão Gaúcho de 1985/86/87/88/89/90.

O Grêmio ao derrotar o Sport Recife por 2×1 sagrou-se, campeão invicto da 1ª Copa do Brasil em 1989 e no ano seguinte, tornou-se Supercampeão Brasileiro de 1990. O tricolor também venceu alguns dos mais prestigiados, torneios internacionais, dos quais destacan-se a Copa El Salvador del Mundo em El Salvador e o Troféu Ciudad de Valladolid em 1981, o Troféu Palma de Mallorca de 1985 (os dois últimos na Espanha), a Copa Rotterdan na Holanda em 1985 e o Bicampeonato da Copa Phillips em 1986/87 na Holanda e Suíça.

Destacaram-se nesse período grandes jogadores como: Ancheta, Tarciso, Iura, Oberdan, Eder, Tadeu Ricci, Renato, André Catimba, Paulo Cesar Lima, Mário Sérgio, Leão, De León, Paulo Roberto, Paulo Isidóro, China, Edinho, César, Mazaropi, Baltazar, Osvaldo, Cuca, Valdo, Luis Eduardo, Paulo Egídio entre tantos.

A era Felipão e as conquistas mais recentes.

De 1991 para cá, o clube, apesar de passar por alguns momentos difíceis, retomou o caminho das vitórias, conquistando os Gauchões de 1993, 1995, 1996, 1999 e 2001; a Copa do Brasil em 1994, 1997 e 2001; venceu a Copa Sul-Brasileira de 1999 e, principalmente, em 1995, sob o comando técnico de Luis Felipe Scolari, quando então, conquistou o Bicampeonato da Taça Libertadores da América (3×1 e 1×1 sobre o Atlético Nacional da Colômbia, nos dias 23 e 30/08/1995), a Copa Sanwa e o Vice-campeonato mundial ambos no Japão.

Em 1996, o tricolor venceu a Recopa Sul-Americana (4×1 no Independiente da Argentina em Kobe no Japão); o Bicampeonato Brasileiro e no ano seguinte, conquistou na Espanha o Troféu Colombino. Mas foi em 26/11/2005, com a heróica conquista do Campeonato Brasileiro da Série B, que mais uma vez manifestou-se o espírito de indignação e a garra tricolor, ao superar todas as adversidades dentro e fora do campo, suplantando o Naútico de Recife por 1×0, com apenas sete jogadores, contra dez do adversário, numa reação jamais vista na história do futebol mundial.

 

DÉCADA DE 1990:

Apesar do esforço dos adversários, deu Grêmio campeão. Ano após ano,campeonato após campeonato, lá está o Tricolor levantando a taça e dando a volta olímpica. Se o clube terminou a temporada passada papando o
Campeonato Brasileiro, em 1997 foi a vez da segunda competição mais importante do país. Conquistou a Copa do Brasil pela terceira vez, o que lhe garantiu a posse definitiva do troféu. A festa foi em cima do
Flamengo, em pleno estádio do Maracanã. Para chegar lá, o time passou por cearenses (duas vitórias sobre o Fortaleza), paulistas (primeiro despachou a Portuguesa e, depois, o Corinthians) e deu um saravá nos baianos (venceu o Vitória de Bebeto e Cia). Não se pode dizer que foi uma trajetória tranqüila. Disputando ao mesmo tempo o Gauchão, a Libertadores e a Copa do Brasil, a equipe enfrentou momentos de completa exaustão. Na semana em que passou pelo Guaraní, do Paraguai, numa dramática disputa de pênaltis, e garantiu sua caminhada na Libertadores, o Tricolor enfrentou o Corinthians num intervalo de 48 horas. “Nós nem dormimos direito e já entramos em campo na casa do adversário”, recorda o atacante Paulo Nunes. Apesar de
tudo, o Grêmio venceu o time paulista e foi para decisão contra o Flamengo de Romário e Sávio. A vitória final premiou o espirito de luta que tem marcado todas as participações do Grêmio, não apenas na Copa do Brasil. O resto do país tenta entender a fórmula desse sucesso. Time copeiro, time raçudo ou time lameiro? Na verdade, trata-se de um timaço
- um time feito de aço. Bem armado na defesa, com um contra-ataque quase sempre mortal, a equipe gremista sabe jogar com os pés e, principalmente, com a cabeça. Verdade que de vez em quando os neurônios de alguns
jogadores entram em curto, como na segunda partida contra o Vitória, quando o goleiro Danrlei acabou expulso por se engalfinhar com os adversários e tentar retardar o início da partida. Mas o mesmo Darnlei é
um dos responsáveis por botar fogo na torcida no Olímpico. Uma galera que traduziu com muito bom humor o “Ah, eu to maluco!” dos cariocas pelo “Ah, eu
sou gaúcho!”